terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pensar o Brasil e as Américas

Confea, Ipea e IFC promovem oficina de políticas públicas

Brasília, 10 de outubro de 2011
O projeto Pensar o Brasil e as Américas, do Confea, promoveu nesta segunda-feira, em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) uma oficina de acompanhamento de políticas públicas, que reuniu profissionais e dirigentes de organizações profissionais do Sistema Confea/Creas, além de representantes do Crea-Jr.

O evento apresentou metodologias e experiências de acompanhamento de políticas públicas e teve como palestrantes a técnica de planejamento e pesquisa do IPEA, Martha Cassiolato, o diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, Saulo Rodrigues Filho, e a diretora da Secretaria de Fiscalização a Avaliação de Programas do Governo (Seprog/TCU), Glória Maria Merola.

A mesa de abertura foi composta pelo coordenador do projeto Pensar o Brasil e as Américas, Paulo Bubach, pela superintendente de programas e projetos do Confea, Neuza Trauzzola, e pela chefe da assessoria técnica do IPEA, Luciana Acioly. Luciana aproveitou a fala para elogiar a iniciativa, que, nas palavras dela, “potencializa as capacidades do corpo técnico do Instituto”. Neuza observou que o Confea há tempos tem se inserido no processo de discussão de políticas públicas e mencionou algumas ações do Sistema nessa direção, como as propostas para o desenvolvimento sustentável brasileiro, entregues, à época, aos presidenciáveis nas eleições de 2010.

Palestras
Primeira palestrante do dia, Martha Cassiolato apresentou uma proposta do IPEA de elaboração de Modelo Lógico: uma estrutura rigorosa em detalhes sobre o programa, suas causas, expectativas e público-alvo. Para Martha, o esquema ajuda a organizar as avaliações. “A maior parte dos programas tem problemas de desenho. Era muito difícil, analisando as propostas de um programa, entender o que ele era e quais eram os resultados esperados”, afirmou.

Para Saulo Rodrigues Filho, que falou sobre sustentabilidade, o tema precisa ser posto em pauta no ato de criar políticas públicas. “A sustentabilidade em si é uma propriedade intangível. Mas isso não significa que não devemos buscá-la. Podemos nos aproximar dessa meta utópica”. Saulo mostrou, durante sua apresentação, uma série de índices que ajudam a mensurar a sustentabilidade como fator para o bem-estar das pessoas.

Glória Maria Merola apresentou ao público presente uma forma de auditoria pouco conhecida, a auditoria operacional, que consiste na assistência com foco na eficiência, eficácia e efetividade na gestão de programas. “Há diversos gargalos e dificuldades na implantação de políticas públicas. Nesse sentido, a auditoria especializada trabalha com a área de tramitação, que tem impacto na questão da eficiência e eficácia, e tenta, também, fazer um tipo de avaliação mais complexo, que envolve a efetividade da política pública: é uma tentativa de se avaliar até que ponto, de fato, aquela política faz diferença em termos de mudança de situação da população que está sendo atingida por ela. É um trabalho ambicioso”, explicou.

Pensar o Brasil e as Américas
A oficina de acompanhamento de políticas públicas é uma iniciativa prevista pelo projeto Pensar o Brasil e as Américas. “O objetivo é mobilizar os profissionais e as organizações para fazer o acompanhamento de políticas públicas. Esse seminário tem esse intuito, de conhecer as metodologias e experiências de outros organismos, que já fazem acompanhamento de políticas públicas, para divulgá-las em nosso meio profissional e com isso utilizar essas experiências para acompanhar as políticas na área tecnológica”, conta o coordenador do projeto Paulo Bubach. Bubach está à frente do projeto desde fevereiro deste ano. 

O Pensar o Brasil e as Américas vai realizar atividades semelhantes em outros estados. Além disso, o projeto vai publicar cartilhas e documentos sobre políticas públicas. A Oficina continua até o fim do dia desta segunda-feira.
Felipe Lima
Assessoria de Comunicação do Confea