terça-feira, 15 de novembro de 2011

Mercado (ainda mais) atraente

Mercado (ainda mais) atraente


Da Redação - Correio Braziliense
14/11/2011 11:25

Bruno Peres/CB/D.A Press
Versátil: Adelcke tem uma empresa de consultoria hoje, mas já fez de tudo um pouco em seus 39 anos de profissão
A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 são sinônimos de novos empregos para os anfitriões brasileiros. Haverá demanda por trabalhadores de áreas como hotelaria, transporte, atendimento e tradução de idiomas, que já estão em fase de capacitação e aperfeiçoamento para atuar durante os eventos. Outras profissões, contudo, já colocaram a mão na massa. É o caso do engenheiro civil, responsável por projetar, gerenciar e executar obras como estádios, ginásios, estradas, aeroportos e edifícios, além de barragens, canais e portos. Para garantir a estrutura do país que receberá as duas principais competições esportivas mundiais, o trabalho desse profissional já começou. E as oportunidades só tendem a aumentar, especialmente nas cidades sede.

O paulista Adelcke Rossetto, 62 anos, conhece bem a profissão: é engenheiro civil há 39 anos. Graduou-se na Universidade de Brasília (UnB), trabalhou em prefeituras, já foi empregado nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul e, há 11 anos, tem uma empresa de consultoria na capital federal. Ele conta a importância de conhecer diferentes etapas do trabalho e explica o porquê de ir a campo. “Existem três tipos de atuação: projeção, gerência e execução. Já passei pelas três: elaborei estudos para concretizar projetos; já gerenciei, acompanhando, fiscalizando e licitando projetos e obras; e também já executei obras”, relata. “Hoje, fico mais no escritório, mas recomendo todos a irem a campo, fazer de tudo, para ter uma visão global do processo”, diz.

Segundo Adelcke, as chances de emprego para engenheiros em Brasília são boas tanto no serviço público quanto na iniciativa privada. “Órgãos como a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) e a Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) sempre precisam da gente. No setor privado, a construção se destaca, especialmente o ramo imobiliário”, afirma.

O engenheiro civil nascido e formado na capital federal Francisco Alves, 43 anos, atua no ramo de fiscalização de obras e define a Copa do Mundo de futebol como atraente para os colegas de profissão. “O leque de áreas de atuação é extenso (veja quadro). São muitas chances na construção civil, com o surgimento do Estádio Nacional de Brasília, a ampliação do aeroporto e a realização de outras obras pelo governo. Hoje, estudar engenharia civil é uma boa”, observa o servidor da Companhia Energética de Brasília (CEB).

O Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) tem uma das oito faculdades de engenharia civil do DF reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo o coordenador do curso, Feruccio Bilich, as fartas oportunidades estão atraindo alunos e até profissionais de outros campos de atuação para a área. “Temos vários estudantes na segunda graduação e transferidos de outros cursos. Há aluno que trabalhava com marketing e viu mais perspectivas na engenharia civil”, resume. Na universidade, o aluno fica em média cinco anos — os dois primeiros apresentam disciplinas básicas, como física, química e matemática, enquanto os outros três têm matérias de preparação para o mercado de trabalho, como geotecnia, hidráulica, hidrologia e transportes.

Onde estudar
Além da graduação da UDF, as faculdades de engenharia civil reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC) estão no Centro Universitário de Brasília (UniCeub), no Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan), no Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), no Instituto de Ensino Superior Planalto (Iesplan), na Universidade Católica de Brasília (UCB), na Universidade de Brasília (UnB) e na Universidade Paulista (Unip).